O sentimento durante o primeiro ato do filme é de desconforto. O carisma quase nulo dos personagens que surgem e a previsibilidade do roteiro (de Cinco Paul, Ken Daurio – dupla do interessantíssimo Horton e o Mundo dos Quem – e Bryan Lynch) tornam a experiência inicial de assistir Hop – Rebelde Sem Páscoa algo entediante.
Mas vem o segundo ato e, com ele, um sopro de inspiração. A identificação entre os doisprotagonistas é quase que imediata. O coelho Júnior, da Ilha de Páscoa (ilha fantasiosa), é um reclamão e, como diz o título nacional, rebelde inveterado, enquanto Fred O´Hare (James Marsden) é um bobalhão atrapalhado semelhante ao Dave interpretado por Jason Lee em Alvin e os Esquilos. Enquanto a química entre os dois funciona bem, certamente ajudada pelo bom trabalho de animação realizado no coelho, o longa começa a escorregar para o terceiro ato.
É quando se percebe que o sopro de inspiração fora, somente, um sopro. O coelho (que dificilmente irá propor algum sentimento a alguém - diferentemente de Alvin, Simon e Theodore) não passa de um adolescente chato e o Fred O´Hare (percebe o trocadilho fantástico?! – Hare é lebre!) continua... um Dave.
Felizmente (ou não), além da pequena brisa inspirada (já mencionada) que surge (e logo some gradativamente), a fotografia e a trilha sonora, para uma produção que demonstra o único intuito de entreter (?) preguiçosamente, são boas e impedem que se forme uma torcida a favor de um fim mais abrupto, livre de tortura portanto.
De qualquer forma, não se preocupe! Você vai acordar no outro dia e, sem dúvida, Júnior vai ser, apenas, o nome de um conhecido (ou não). Porque os 95 minutos do dia anterior nem terão existido.
ps: Ao menos, o logotipo da
Universal no formato de um bonito ovo de Páscoa é uma sacada bem interessante.
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